sábado, 26 de janeiro de 2013

DESTINO: -TOCANTINS -> JALAPÃO->MATEIROS ->MUMBUCA.

Estrada do Jalapão, ao fundo Morro do Saca Trapo, e placa indicativa das Dunas.
Começo o ano falando, de como tudo começou. E como conheci o capim dourado. Acho até que foi um encontro de mim mesma, pois a partir dai é que despertei para minha profissão de turismóloga. A primeira vez que fui para o Jalapão, foi em periodo de férias, no inicio do mês de agosto.Sabe aquelas férias tão esperadas, apenas 20 dias,depois de 1 ano de stress, você não vê a hora de sumir no mundo.
Resolvi ! vou conhecer o Tocantins,lá fui eu, e o que eu ouvi de familiares e amigos e foi o seguinte: Por que Tocantins? o que têm no Tocantins? O que você vai fazer no Tocantins? Você está louca? enfim, ouvi muita coisa. Meu filho fez uma pesquisa no local de trabalho , perguntando, se alguém conhecia, alguém que tivesse viajado para o Tocantins, e a reposta vocês já sabem, NÃO! Minha mãe, ficou preocupada e me perguntou: -Maria! o que você vai fazer no Tocantins? Não tem nada lá! Índios ?você não conhece ninguem, lá! É perigoso! Ouvi muitas exclamações e questionamentos. Mesmo assim, resolvi conhecer, fui em busca de algo diferente, que me tirasse da mesmice, para onde todos vão.
Andei por estradas poeirentas, um calor de 38ºgraus, passei por trilhas,cheias de galhos secos,árvores retorcidas, algumas sozinhas,perdidas no meio do cerrado,cerradão,árvores pequenas e médias, rios com corredeiras,lagoas e cahoeiras majestosas, fervedouros inexplicáveis, a ciência explica, a natureza explica, e Freud também explica ? mas ai já é outra história, água em abundância em um lugar que mais parece um deserto com suas Dunas,com uma areia cor dourada ?alaranjada? É incrivel,como o Jalapão é colorido! Cores tão nítidas e reluzentes.
Ah!!!! Finalmente conheci a Mumbuca! Conheci Dna Laurina, lá na cozinha preparando aquele franguinho maravilhoso, feito no fogão a lenha,feito na sua tradição.
Léia,Neide, Tiko,Amiris,Ezequiel, Dna Santinha, Antonia da pousada,Ismael,Sr.Vieira, Sirlene,Ilana, Tica, Dna Laurentina, a anciã da comunidade, que caminha por toda a comunidade ,com toda sabedoria que seus 80 e poucos lhe deram, é tanta gente boa, que se eu começar a falar, a conversa vai longe.
Vi o capim dourado ser trabalhado,acarinhado nas mãos habilidosas dos “mumbuquenses” ou “jalapoeiros”. Transformando o capim, em brincos,pulseiras,cestos, mandalas, bolsas, etc...
É um pedaço do Brasil esquecido,mas cheio de encantos. Uma natureza exuberante e pessoas com um coração “puro”. Fui,vi e gostei! Descobri lugares,conheci pessoas , vi o capim dourado na sua plenitude, ao entardecer no cerrado,com o sol lançando seus raios dourados,em todas as direções naquela imensidão. Uma imagem linda,indescritível ! parece um “clichê “. Mas é pura poesia!
Capim dourado, ao entardecer no cerrado...
Olha que céu maravilhoso! Acho que fui contaminada, com um certo “ar” do Jalapão.Vislumbrei uma série de coisas, que podem ser feitas e que eu com o pouco de conhecimento que tenho, posso colaborar de alguma maneira. Pensei em um projeto de sustentabilidade,( meu primogênito) , e a partir daí,comecei a desenvolver esta idéia,procurando um apoio aqui outro acolá,mas com muita determinação,paciência e coragem eu chego lá... E foi assim que tudo começou nas “trilhas do capim dourado “......
Um olhar na Serra do Espirito Santo,Jalapão..esperando o sol nascer